|
-
Modo
de Uso
Não
existem condições médicas que restrinjam o uso
da laqueadura de maneira permanente e o procedimento
pode ser realizado com segurança em serviços de
baixa complexidade. Porém, existem algumas condições
que recomendam que a cirurgia seja adiada ou que
a mulher seja encaminhada a um centro de maior
complexidade.
- Critérios
Médicos de Elegibilidade
Os
critérios médicos
de elegibilidade para uso de métodos
anticoncepcionais foram desenvolvidos pela Organização
Mundial de Saúde (OMS, 1996) com o objetivo
de auxiliar os profissionais da saúde na
orientação das(os) usuárias(os)
de métodos anticoncepcionais. Não
devem ser considerados uma norma estrita mas sim
uma recomendação, que pode ser adaptada
às condições locais de cada
país. Consiste em uma lista de condições
das(os) usuárias(os), que poderiam significar
limitações para o uso dos diferentes
métodos, e as classifica em 3 categorias,
de acordo com a definição a seguir:
ADIE:
significa adiar a esterilização feminina.
Essas condições devem ser tratadas e resolvidas
antes que o procedimento de esterilização
feminina seja feito. O provedor deve oferecer
métodos anticoncepcionais temporários à
mulher. |
ENCAMINHE:
significa que a mulher deve ser encaminhada
a um centro médico onde um cirurgião experiente
e sua equipe possam realizar o procedimento
em um ambiente equipado para anestesia geral
e outros cuidados médicos avançados.O provedor
deve oferecer métodos anticoncepcionais
temporários à mulher. |
CUIDADO:
significa que o procedimento pode ser realizado
em uma clínica não especializada, mas com
preparação e precaução adequadas, dependendo
da condição apresentada pela mulher. |
Para
a lista completa dos critérios médicos
de elegibilidade da OMS para uso da esterilização
feminina, consulte critérios
médicos de elegibilidade.
Faça
à mulher as perguntas abaixo. Se ela responder
NÃO a todas as perguntas, então ela pode
submeter-se à esterilização feminina, se assim
desejar. Se ela responder SIM a alguma pergunta,
siga as instruções.
1.
Você tem alguma condição ou problema ginecológico
ou obstétrico? Que problemas são esses? |
Não. Sim. Se a mulher apresenta
os seguintes problemas ou condições, ADIE
a esterilização feminina e trate, conforme
seja necessário, ou encaminhe:
-
Gravidez;
-
Puerpério;
-
Complicações
puerperais como infecções ou hemorragias;
-
Sangramento
vaginal inexplicado que sugira uma
condição séria;
-
Doença
inflamatória pélvica nos últimos três
meses;
-
Doença
sexualmente transmissível atualmente;
-
Câncer
pélvico;
-
Doença
trofoblástica maligna.
Se
a mulher apresenta os seguintes problemas,
ENCAMINHE-A a um centro com pessoal
médico capacitado e equipamento especializado,
onde possam tratar-se complicações eventuais:
Se
a mulher apresenta os seguintes problemas,
tenha CUIDADO:
|
2.
Você sofre de alguma condição cardiovascular,
como doença cardíaca, derrame (AVC), pressão
alta, ou as complicações cardiovasculares
do diabetes?Quais? |
Não.
Sim. Se ela apresenta quaisquer das
condições abaixo, ADIE o procedimento:
- Doença
coronariana aguda;
- Trombose
venosa profunda ou embolia pulmonar.
Se
a mulher apresenta qualquer um dos seguintes
problemas, ENCAMINHE-A a um centro
com pessoal médico capacitado e equipamento
especializado, onde possam ser tratadas
as eventuis complicações:
- Hipertensão
moderada ou grave (PA 160/100 mmHg ou
mais elevada);
- Doença
vascular, incluindo complicações relacionadas
ao diabetes;
- Doença
cardíaca valvular complicada.
Se
a mulher apresenta os seguintes problemas,
tome CUIDADO:
- Hipertensão
leve (PA 140/90 mmHg - 159/99 mmHg);
- AVC
ou cardiopatia coronariana no passado;
- Doença
cardíaca valvular sem complicações.
|
3.
Você sofre de qualquer doença crônica ou
recorrente ou de qualquer outro problema?Quais? |
Não.
Sim. Se ela apresenta quaisquer das
condições abaixo, ADIE o procedimento:
- Doença
biliar sintomática;
- Hepatite
viral aguda;
- Anemia
ferropriva grave (Hb abaixo de 7g/dl);
- Doença
pulmonar aguda (bronquite ou pneumonia);
- Infecção
sistêmica ou gastroenterite grave;
- Infecções
na pele da parede abdominal;
- Se
no momento em que deseja fazer a esterilização
a mulher necessita submeter-se a uma
cirurgia abdominal de emergência ou
para tratar uma infecção, ou a uma cirurgia
maior, que implique imobilização prolongada;
- Doença
aguda relacionada à AIDS.
Se
a mulher apresenta os seguintes problemas,
ENCAMINHE-A a um centro com
pessoal médico capacitado e equipamento
especializado, onde possam tratar-se complicações
eventuais:
- Cirrose
hepática grave;
- Diabetes
há mais de 20 anos;
- Hipertireoidismo;
- Coagulopatias;
- Doença
pulmonar crônica;
- Tuberculose
pélvica;
- Esquistossomose
com cirrose hepática avançada.
Se
a mulher apresenta os seguintes problemas,
tome CUIDADO:
- Epilepsia,
ou toma anticonvulsivantes (fenitoína,
carbamazepina, barbitúricos, primidona);
- Toma
antibióticos como rifampicina ou griseofulvina;
- Diabetes
sem doença vascular;
- Hipotireoidismo;
- Cirrose
hepática leve, tumores hepáticos ou
esquistossomose com fibrose hepática;
- Anemia
ferropriva moderada (Hb 7-10 g/dl);
- Anemia
falciforme;
- Anemias
de causa genética;
- Doença
renal;
- Hérnia
diafragmática;
- Desnutrição
grave;
- Obesidade;
- Cirurgia
abdominal eletiva no momento em que
deseja fazer a esterilização.
|
Critérios de Elegibilidade no Brasil
|
Em 12
de janeiro de 1996, foi promulgada a lei
número 9.263, que dispõe sobre o Planejamento
Familiar.
Artigo
10:
Somente
é permitida a esterilização voluntária
nas seguintes situações:
I.
Em homens e mulheres com capacidade civil
plena e maiores de vinte e cinco anos
de idade ou, pelo menos, com dois filhos
vivos, desde que observado o prazo mínimo
de sessenta dias entre a manifestação
da vontade e o ato cirúrgico, período
no qual será propiciado à pessoa interessada
acesso a serviço de regulação da fecundidade,
incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar,
visando desencorajar a esterilização precoce;
II.
Risco à vida ou à saúde da mulher ou do
futuro concepto, testemunhado em relatório
escrito e assinado por dois médicos.
§
1º - É condição para que se realize a
esterilização o registro de expressa manifestação
da vontade em documento escrito e firmado,
após a informação a respeito dos riscos
da cirurgia, possíveis efeitos colaterais,
dificuldades de sua reversão e opções
de contracepção reversíveis existentes.
§
2º - É vedada a esterilização cirúrgica
em mulher durante os períodos de parto
ou aborto, exceto nos casos de comprovada
necessidade, por cesarianas sucessivas
anteriores.
§
3º - Não será considerada a manifestação
da vontade, na forma do § 1º, expressa
durante ocorrência de alterações na capacidade
de discernimento por influência de álcool,
drogas, estados emocionais alterados ou
incapacidade mental temporária ou permanente.
§
4º - A esterilização cirúrgica como método
contraceptivo somente será executada através
da laqueadura tubária, vasectomia ou de
outro método cientificamente aceito, sendo
vedada através de histerectomia e ooforectomia.
§
5º - Na vigência de sociedade conjugal,
a esterilização depende do consentimento
expresso de ambos os cônjuges.
§
6º - A esterilização cirúrgica em pessoas
absolutamente incapazes somente poderá
ocorrer mediante autorização judicial,
regulamentada na forma da lei.
Fonte:
Diário Oficial, nº 10, seção 1, 15 de
janeiro de 1996.
|
O
Ministério da Saúde está elaborando a normatização
do procedimento.
- Momentos
Apropriados para Iniciar o Uso
Segundo
critérios médicos, uma mulher pode submeter-se
à esterilização feminina em qualquer momento em
que ela decida que não quer ter mais filhos, incluindo
o período após o parto ou aborto, e que esteja
afastada a possibilidade de gravidez. A legislação
federal não permite a esterilização cirúrgica
feminina durante os períodos de parto ou
aborto (ou até o 42º dia do pós-parto
ou aborto), exceto nos casos de comprovada necessidade,
por cesarianas sucessivas anteriores.
- Procedimentos
para Iniciar o Uso do Método
Antes
de iniciar o uso de métodos anticoncepcionais,
a mulher deve ser adequadamente orientada pelo
profissional de saúde. Essa orientação
deve abranger informações acuradas
sobre todos os métodos anticoncepcionais
disponíveis. Uma orientação
adequada permite a tomada de decisão baseada
em informações, traduzindo a "escolha
livre e informada".
Importante:
Para orientação e aconselhamento
em anticoncepção, consulte Orientação.
Os
procedimentos para esterilização feminina, relacionados
abaixo, estão classificados em quatro categorias.
Estes critérios foram desenvolvidos por
um grupo de agências colaborativas da USAID
e são orientados fundamentalmente para
salientar os requisitos mínimos
para a oferta de métodos anticoncepcionais
em regiões com poucos recursos.
O fato de não serem absolutamente necessários
não significa que não devam ser
utilizados em serviços que contam com recursos
adequados; são procedimentos que significam
boa prática médica.
Deve-se salientar que, em muitas oportunidades,
a falta de recursos para realizar alguns procedimentos
francamente desnecessários (categoria D)
é usada como justificativa para impedir
o uso de alguns métodos anticoncepcionais.
Categoria
A |
essencial
e obrigatório em todas as circunstâncias
para o uso do método anticoncepcional. |
Categoria
B |
médica/epidemiologicamente
racional em algumas circunstâncias
para otimizar o uso seguro do método
anticoncepcional, mas pode não ser
apropriado para todas (os) clientes em todos
os contextos. |
Categoria
C |
pode
ser apropriado para uma boa atenção
preventiva, mas não tem relação
com o uso seguro do método anticoncepcional. |
Categoria
D |
não
somente desnecessários, mas irrelevantes
para o uso seguro do método anticoncepcional. |
Procedimento |
Categoria
Anestesia Geral |
Categoria
Anestesia Local |
Exame
pélvico (especular e toque bimanual) |
A |
A |
Medida
de pressão arterial |
A |
B |
Exame
das Mamas |
C |
C |
Triagem
para DST por testes de laboratório
(indivíduos assintomáticos) |
C |
C |
Triagem
para câncer de colo uterino |
C |
C |
Exames
laboratoriais rotineiros (colesterol, glicemia,
enzimas hepáticas) |
C |
C |
Dosagem
de Hemoglobina |
B |
B |
Avaliação
de Glicosúria |
B |
B |
Procedimentos
apropriados para prevenção de infecções |
A |
A |
Pontos
específicos para orientação
sobre esterilização feminina:
-
Irreversibilidade do método
-
Eficácia
-
Efeitos colaterais comuns
-
Sinais e sintomas para os quais deve
procurar o Serviço de Saúde
-
Instruções pré-operatórias e pós-operatórias
|
A |
A |
- Instruções
Gerais
Importante:
a mulher que solicita a esterilização
feminina precisa de uma boa orientação
e aconselhamento. |
Um
provedor gentil, que ouça as preocupações
da mulher, responda as suas dúvidas e forneça
informações claras e práticas sobre o procedimento,
especialmente o caráter permanente do método,
estará ajudando-a a fazer uma escolha bem informada
e a sentir-se satisfeita e segura com o método.
Uma orientação adequada contribuirá para que
ela não se arrependa mais tarde.
A
legislação no Brasil impõe, como condição para
realização do procedimento, o registro da expressa
manifestação da vontade em documento escrito
e firmado, após a informação a respeito dos
riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais,
dificuldades de sua reversão e opções de contracepção
reversível existentes.
A
decisão sobre a esterilização feminina pertence
somente à mulher. No Brasil, a legislação
federal estabelece que, em vigência de sociedade
conjugal, a esterilização depende do consentimento
expresso de ambos os cônjuges.
Consulte
o documento
"Consentimento pós-informado
para realização de laqueadura
tubária" proposto pela Febrasgo.
Todavia,
a decisão de submeter-se à esterilização não
pode ser feita pelo marido, pelo profissional
de saúde, por um membro da família ou por qualquer
outra pessoa. Os provedores de planejamento
familiar têm o dever de se certificarem de que
a decisão não foi feita sob pressão ou coerção.
Os provedores também podem e devem ajudar a
mulher a refletir sobre a sua decisão. Se ela
optar por não se submeter ao procedimento, os
provedores devem aceitar e respeitar sua decisão.
- Instruções
Específicas
Importante:
As instruções descritas a seguir são
a descrição resumida de um procedimento,
que sob nenhuma circunstância deverá substituir
o treinamento apropriado. Para realizar
o procedimento de esterilização feminina
é preciso treinamento e prática sob supervisão
direta de profissional experiente. |
- Minilaparotomia:
- O
médico deve observar os procedimentos de
prevenção de infecção.
- O
médico deve realizar anamnese, exame físico
geral e exame ginecológico, para assegurar
que o procedimento cirúrgico seja seguro.
- A
mulher é anestesiada.
- A
mulher fica em posição de
litotomia, com os membros inferiores afastados
apenas o suficiente para colocar um espéculo
vaginal e uma cânula intra-uterina.
Retirar o espéculo.
- Uma
pequena incisão é feita no abdômen, acima
dos pelos pubianos.
- O
útero é então desviado com a cânula,
delicadamente, para um lado e depois para
o outro, de forma a expor as trompas de
Falópio na abertura da incisão.
- Cada
trompa é ligada e seccionada, ou bloqueada
com um grampo ou anel.
- A
incisão é suturada e coberta com curativo.
- A
mulher recebe instruções de como proceder
após receber alta hospitalar.
A
minilaparotomia para esterilização feminina
requer uma pequena incisão acima da linha
dos pelos pubianos.
- Laparoscopia:
- O
médico deve observar os procedimentos de
prevenção de infecção.
- O
médico deve realizar anamnese, exame físico
geral e exame ginecológico, para assegurar
que o procedimento cirúrgico seja seguro.
- A
mulher é anestesiada.
- Uma
agulha especial é inserida dentro da cavidade
abdominal da mulher e, através da agulha,
o abdômen é inflado com gás carbônico.
Isso tem a finalidade de separar a parede
abdominal dos órgãos internos.
- Uma
pequena incisão, de cerca de 3mm a 1 cm,
é feita logo abaixo da cicatriz umbilical
e o médico insere o laparoscópio. O laparoscópio
é um tubo especial, fino e longo, contendo
lentes, através das quais o médico pode
ver dentro do corpo e localizar as trompas
de Falópio.
- O
médico insere um instrumento através do
laparoscópio ( ou através de uma segunda
incisão) para bloquear as trompas. Cada
trompa é bloqueada com um grampo, um anel
ou por eletrocoagulação.
- Depois
de ligadas as trompas, o instrumento e o
laparoscópio são removidos. Faz-se o esvaziamento
do gás contido na cavidade abdominal.
A incisão é suturada e coberta com curativo.
- A
mulher recebe instruções de como proceder
após receber alta hospitalar.
- Cuidados
que a mulher deve tomar antes e após a cirurgia
- Antes
do procedimento, a mulher deve:
- Ficar
em jejum, sem beber ou comer por oito
horas antes da cirurgia.
- Não
tomar nenhuma medicação por 24 horas
antes da cirurgia ( a menos que o médico
que realizará o procedimento aconselhe-a
a fazê-lo).
- Tomar
banho antes do procedimento.
- Se
possível, usar roupas limpas e confortáveis
até chegar ao hospital.
- Não
usar esmalte ou jóias ao chegar ao hospital.
- Se
possível, trazer um acompanhante para
ajudá-la a retornar à casa após o procedimento.
- Após
o procedimento, a mulher deve:
- Ficar
em repouso por dois ou três dias e evitar
levantar peso por uma semana.
- Manter
a incisão limpa e seca.
- Tomar
cuidado para não irritar ou esfregar
a incisão até sua cicatrização.
- Tomar
algum analgésico que seja seguro e esteja
disponível, se for necessário.
- Evitar
relações sexuais por, pelo menos, uma
semana. Se a dor durar mais do que uma
semana, ela não deve ter relações sexuais
até a dor desaparecer.
- Retornos
- A
mulher deve retornar nos seguintes casos:
- Para
uma visita de acompanhamento de rotina,
se possível dentro de sete dias. Se
necessário, nessa visita, os pontos
devem ser removidos. O acompanhamento
também pode ser feito em casa ou em
outro centro de saúde.
- Se
ela tiver dúvidas ou qualquer tipo de
problema.
- Problemas
que requerem atenção médica.
Descrever os sintomas dos problemas que requerem
atenção médica:
SINAIS
DE ALERTA !!!
Se
a mulher apresentar algum desses
sintomas, deverá ser orientada
para procurar imediatamente o
Serviço de Saúde:
- Febre
alta (>38°C) nas primeiras
quatro semanas e especialmente
na primeira semana;
- Pus
ou sangramento no local da
incisão;
- Dor,
calor, edema ou eritema no
local da incisão, que vêm
piorando ou não melhoram;
- Dor
abdominal, cólica ou aumento
progressivo da sensibilidade
local;
- Diarréia,
desmaios ou tonturas.
- Se
ela acha que pode estar grávida:
ausência de menstruação, náuseas,
mastalgia.
- Se
ela apresenta sinais de uma
provável gravidez ectópica:
dor em baixo ventre ou em
um lado do abdômen, sangramento
vaginal anormal e incomum,
desmaios.
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- Acompanhamento
Uma
visita de retorno é recomendável dentro de sete
dias, ou pelo menos dentro de duas semanas após
o procedimento. O profissional de saúde examina
o local da incisão, verifica se há sinais de complicação
e remove os pontos. Isso pode ser feito inclusive
na casa da mulher ou em um centro de saúde.
Pergunte
se a mulher tem dúvidas ou quer conversar sobre
algum assunto. Pergunte se ela está satisfeita.
Forneça-lhe as informações e ajuda de que ela
necessita e convide-a a retornar sempre
que tiver dúvidas ou problemas.
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