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Modo
de Uso
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Início de Uso
IMPORTANTE: a mulher que escolhe usar
diafragma se beneficiará de uma orientação
adequada. |
Um provedor receptivo, que está atento às
preocupações da mulher, responde às suas perguntas
e fornece informações práticas e claras, estará
ajudando-a a usar o diafragma com sucesso e satisfação.
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Critérios Médicos de Elegibilidade
Os critérios médicos
de elegibilidade para uso de métodos
anticoncepcionais foram desenvolvidos pela Organização
Mundial de Saúde (OMS, 1996) com o objetivo
de auxiliar os profissionais da saúde na
orientação das(os) usuárias(os)
de métodos anticoncepcionais. Não
devem ser considerados uma norma estrita mas sim
uma recomendação, que pode ser adaptada
às condições locais de cada
país. Consiste em uma lista de condições
das(os) usuárias(os), que poderiam significar
limitações para o uso dos diferentes
métodos, e as classifica em 4 categorias,
de acordo com a definição a seguir:
OMS
1: o método pode ser usado
sem restrições. |
OMS
2: o método pode ser usado.
As vantagens geralmente superam riscos
possíveis ou comprovados. As condições
da categoria 2 devem ser consideradas na
escolha de um método. Se a mulher
escolhe este método, um acompanhamento
mais rigoroso pode ser necessário.
|
OMS
3: o método não deve
ser usado, a menos que o profissional
de saúde julgue que a mulher pode
usar o método com segurança.
Os riscos possíveis e comprovados
superam os benefícios do método.
Deve ser o método de última
escolha e, caso seja escolhido, um acompanhamento
rigoroso se faz necessário. |
OMS
4: o método não deve
ser usado. O método apresenta
um risco inaceitável. |
Lista
de critérios médicos de elegibilidade
para o diafragma
Faça à mulher as perguntas abaixo. Se ela responder
NÃO a todas as perguntas, então ela pode usar
o diafragma, se assim desejar. Se ela responder
SIM a quaisquer das perguntas, siga as instruções.
Você
teve, recentemente, um parto a termo ou
um aborto espontâneo ou induzido no segundo
trimestre? Se esse for o caso, quando?
|
Não.Sim.Em geral, o diafragma não
pode ser ajustado antes de seis a 12 semanas
após o parto ou um aborto no segundo trimestre,
dependendo de quando o útero e o colo retornarem
ao normal. A mulher pode usar espermicidas.
|
2.
Você tem alergia ao látex? |
Não. Sim. Não deve usar diafragma
de látex. O diafragma de silicone pode ser
usado. |
3.
Alguma vez foi lhe dito que sua vagina,
colo ou útero têm uma forma ou posição
incomum? |
Não. Sim. O uso de diafragma
pode ser dificultado ou tornar-se ineficaz.
É necessário realizar um exame ginecológico
para determinar se o diafragma pode ser
colocado corretamente e se ficará no lugar.
|
4.
Você sofre de alguma condição que possa
ser agravada pela gravidez?
|
Não. Sim. A mulher pode preferir
usar um método mais eficaz. Entretanto,
ela pode usar o diafragma se estiver fazendo
uma escolha consciente e receber instruções
apropriadas quanto ao seu uso eficaz. |
5.
Você já teve a síndrome do choque tóxico?
|
Não. Sim. A mulher não deve usar
o diafragma. Pode usar espermicidas ou outro
método.
|
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Momentos Apropriados para Iniciar o Uso
A mulher pode começar a usar o diafragma a qualquer
momento durante o ciclo menstrual. Entretanto,
não pode ser ajustado antes de seis a doze semanas
após um parto a termo ou um aborto no segundo
trimestre. O ajuste somente poderá ser feito quando
o colo e o útero retornarem ao tamanho normal.
Se necessário, a mulher pode usar espermicidas
somente ou em conjunto com condons durante
esse intervalo.
-
Procedimentos para Iniciar o Uso do Método
Antes de iniciar o uso de métodos anticoncepcionais,
a mulher deve ser adequadamente orientada pelo
profissional de saúde. Essa orientação
deve abranger informações acuradas
sobre todos os métodos anticoncepcionais
disponíveis. Uma orientação
adequada permite a tomada de decisão baseada
em informações, traduzindo a "escolha
livre e informada".
Importante:
Para orientação e aconselhamento
em anticoncepção, consulte Orientação.
Os procedimentos para iniciar o uso do método,
relacionados abaixo, estão classificados
em quatro categorias. Estes critérios foram
desenvolvidos por um grupo de agências colaborativas
da USAID e são orientados fundamentalmente
para salientar os requisitos mínimos
para a oferta de métodos anticoncepcionais
em regiões com poucos recursos.
O fato de não serem absolutamente necessários
não significa que não devam ser
utilizados em serviços que contam com recursos
adequados; são procedimentos que significam
boa prática médica. Deve-se salientar
que, em muitas oportunidades, a falta de recursos
para realizar alguns procedimentos francamente
desnecessários (categoria D) é usada
como justificativa para impedir o uso de alguns
métodos anticoncepcionais.
Categoria A |
essencial e obrigatório em todas
as circunstâncias para o uso do método
anticoncepcional. |
Categoria B |
médica/epidemiologicamente racional
em algumas circunstâncias para otimizar
o uso seguro do método anticoncepcional,
mas pode não ser apropriado para
todas (os) clientes em todos os contextos.
|
Categoria C |
pode ser apropriado para uma boa atenção
preventiva, mas não tem relação
com o uso seguro do método anticoncepcional.
|
Categoria D |
não somente desnecessários, mas irrelevantes
para o uso seguro do método anticoncepcional.
|
Procedimento |
Categoria |
Exame pélvico (especular e toque
bimanual) |
A*
|
Medida de pressão arterial |
C
|
Exame das Mamas |
C
|
Triagem para DST por testes de laboratório
(indivíduos assintomáticos)
|
C
|
Triagem para câncer de colo uterino
|
C |
Testes laboratoriais rotineiros (colesterol,
glicose, função hepática)
|
D
|
Pontos específicos para orientação
sobre diafragma:
-
Eficácia
-
Uso correto do método
-
O que fazer se apresentar desconforto
com o uso do diafragma
-
Proteção contra DST
|
A
|
* Para usar o diafragma, a mulher deve
submeter-se a um exame pélvico para medir
o tamanho adequado. |
- Instruções
Gerais
- Forneça
à mulher um suprimento de espermicida;
-
Explique como inserir e como remover o diafragma;
-
Agende uma consulta com um profissional de
saúde treinado para ajustar o diafragma, ou
encaminhe se necessário.
-
Agende uma consulta de retorno e convide-a
a retornar a qualquer momento, caso apresente
dúvidas, problemas, ou se desejar usar outro
método.
- Instruções
Específicas
- Inserindo
o diafragma: a mulher insere o diafragma
na vagina junto com o espermicida, na posição
adequada, antes da relação sexual.
- A
mulher segura o diafragma com a face convexa
para baixo (como uma xícara);
- Coloca-se
aproximadamente uma colher de sopa de geléia
ou creme espermicida na face côncava do diafragma
e nas bordas;
-
Mantendo a face convexa voltada para a palma
da mão, aproxima as bordas opostas do diafragma
e o coloca na vagina, o mais fundo possível;
- Com
um dedo, ela deve verificar se o diafragma
cobre o colo uterino. Através da face convexa
do diafragma, a mulher sente o colo, que se
assemelha à ponta do nariz;
- Para
cada ato sexual subseqüente, ela deve usar
um aplicador para inserir mais espermicida,
mas NÃO deve remover o diafragma.
-
Removendo o diafragma:
- A
mulher deve deixar o diafragma no lugar por,
no mínimo, seis horas, após a última ejaculação.
O diafragma NÃO deve ficar na vagina por mais
de 24 horas, face ao risco de infecção;
- A
mulher coloca um dedo no interior da vagina
até sentir a borda do diafragma;
-
Delicadamente, ela procura colocar o dedo
por baixo da borda e deslocar o diafragma
para baixo e para fora; deve tomar cuidado
para não rasgá-lo com as unhas;
-
O diafragma deve ser lavado com água limpa
e sabão depois de cada uso. A mulher deve
verificar se o diafragma não apresenta orifícios,
enchendo-o com água ou examinando-o contra
a luz;
- A
mulher deve secar o diafragma, e armazená-lo
em local limpo, seco e escuro, se possível.
Não deve usar talco ou pós perfumados, que
podem danificá-lo e serem prejudiciais à vagina
ou colo.
-
Recomende à mulher que retorne por alguma
das seguintes razões:
-
Para obter mais espermicidas;
-
Quando o diafragma estiver gasto, fino,
apresentar orifícios, ou ficar rígido; nessas
situações, ele precisa ser trocado;
-
Após parto ou aborto, para verificar o ajuste
do diafragma;
-
Se a mulher ou o parceiro desenvolverem
reação alérgica;
-
Se ela parou de usar o método;
-
Se ela tem dúvidas ou problemas, ou deseja
trocar de método;
- Descrever
os sintomas dos problemas que requerem atenção
médica:
SINAIS
DE ALERTA
Se ocorrer algum desses sintomas,
a mulher deverá ser orientada
para procurar imediatamente o
Serviço de Saúde
- Prurido,
vermelhidão, pele irritada.
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Acompanhamento
-
Pergunte se a mulher tem dúvidas ou quer conversar
sobre algum assunto;
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Pergunte à mulher sobre a sua experiência com
o método, se está satisfeita ou se tem
problemas. Dê todas as informações ou ajuda
de que ela necessita. Se ela tem problemas que
não podem ser resolvidos, ajude-a a escolher
um outro método;
-
Pergunte se ela apresentou problemas de saúde
desde a sua última visita: alergia ao látex,
alguma condição médica que possa ser agravada
pela gravidez, síndrome do choque tóxico, ou
teve, recentemente, parto a termo ou aborto
de segundo trimestre. Nesses casos, se for apropriado,
ajude-a a escolher outro método.
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