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Anticoncepcionais Orais de Progestogênio
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Modo
de Uso
- Início
de Uso
Em geral, a maioria das mulheres pode usar
a pílula de progestogênio com
segurança e eficácia; podem
ser usadas em quaisquer circunstâncias
por mulheres:
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Que estão amamentando (iniciar
o uso seis semanas após o parto);
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Fumantes;
-
Que não têm filhos;
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De qualquer idade, incluindo adolescentes
e mulheres com mais de 40 anos;
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Magras ou obesas;
-
Que tiveram um aborto natural ou provocado
recentemente.
Também podem utilizar a minipílula
as mulheres que apresentam quaisquer dos
problemas abaixo:
- Doenças
mamárias benignas;
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Cefaléia;
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Hipertensão;
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Coagulopatias;
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Anemia ferropriva;
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Varizes;
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Cardiopatia valvar;
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Malária;
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Anemia falciforme;
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Esquistossomose;
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Doença inflamatória pélvica;
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Doenças sexualmente transmissíveis;
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Colecistopatias;
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Alterações menstruais -
dismenorréia, fluxo menstrual abundante
ou irregularidade menstrual;
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Endometriose;
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Tireoidopatias;
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Tumores ovarianos benignos;
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Miomatose uterina;
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Epilepsia;
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Tuberculose (exceto se em uso de rifampicina)
- Critérios
Médicos de Elegibilidade
Os
critérios médicos
de elegibilidade para uso de métodos
anticoncepcionais foram desenvolvidos pela
Organização Mundial de Saúde
(OMS, 1996) com o objetivo de auxiliar os
profissionais da saúde na orientação
das(os) usuárias(os) de métodos
anticoncepcionais. Não devem ser
considerados uma norma estrita mas sim uma
recomendação, que pode ser
adaptada às condições
locais de cada país. Consiste em
uma lista de condições das(os)
usuárias(os), que poderiam significar
limitações para o uso dos
diferentes métodos, e as classifica
em 4 categorias, de acordo com a definição
a seguir:
OMS 1 |
O método pode ser usado
sem restrições
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OMS 2 |
O método pode ser usado.
As vantagens geralmente superam
riscos possíveis ou comprovados.
As condições da
categoria 2 devem ser consideradas
na escolha de um método.
Se a mulher escolhe este método,
um acompanhamento mais rigoroso
pode ser necessário.
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OMS 3
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O método não deve
ser usado, a menos que o profissional
de saúde julgue que a mulher
pode usar o método com segurança.
Os riscos possíveis e comprovados
superam os benefícios do
método.
Deve ser o método de última
escolha e, caso seja escolhido,
um acompanhamento rigoroso se faz
necessário.
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OMS 4
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0 método não deve
ser usado. O método apresenta
um risco inaceitável.
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Importante: |
A pílula de progestogênio
não contém estrogênio. Muitas
das contra-indicações para
o uso de anticoncepcionais
orais combinados não se aplicam
aos anticoncepcionais orais
de progestogênio.
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As
características e as condições
apresentadas na lista acima pertencem à
categoria 1 de critérios médicos
de elegibilidade da OMS. As mulheres com
as características e condições
médicas da categoria 2 da OMS também
podem usar este método. Faça
à mulher as perguntas abaixo. Se
ela responder não a todas as perguntas,
então ela pode usar os anticoncepcionais
orais de progestogênio, se assim o
desejar. Se ela responder sim a alguma pergunta,
siga as instruções. Em alguns
casos, mesmo assim, ela poderá usar
os anticoncepcionais orais de progestogênio.
1.
Você tem ou alguma vez teve
câncer de mama?
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Não Sim. Não
forneça minipílula. Ajude-a
a escolher um outro método
sem hormônios.
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2.
Você já teve icterícia,
cirrose hepática, hepatite
ou tumor no fígado?
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Não. Sim. Faça
um exame físico ou encaminhe-a.
Se a mulher tem doença hepática
ativa grave (icterícia, fígado
aumentado ou doloroso, hepatite
viral, tumor de fígado),
não forneça minipílula.
Encaminhe-a para avaliação
e tratamento. Ajude-a a escolher
um método não-hormonal.
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3.
Você está amamentando
um bebê com menos de seis
semanas?
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Não. Sim. Forneça
minipílula agora com instruções
sobre quando começar, isto
é, quando o bebê tiver
mais de seis semanas.
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4.
Você tem sangramento vaginal
anormal?
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Não.
Sim. Se a probabilidade de
gravidez é baixa e a mulher
apresenta sangramento vaginal inexplicado,
que sugere uma condição
médica subjacente, ela pode
receber minipílula desde que esses
não interfiram na condição
subjacente ou no seu diagnóstico.
Se for apropriado, investigue e
trate qualquer problema subjacente
ou encaminhe-a. Reavalie o uso de
minipílula de acordo com os achados.
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5.
Você está tomando medicação
para convulsões, ou rifampicina
ou griseofulvina?
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Não.
Sim. Se a mulher estiver
tomando fenitoína, carbamazepina,
barbituratos ou primidona para convulsões,
ou ainda rifampicina ou griseofulvina,
forneça-lhe condons ou espermicidas
para usar junto com a minipílula.
Se ela preferir, ou se está
se submetendo a um tratamento prolongado,
ajude-a a escolher um outro método
eficaz.
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6.
Você acha que pode estar grávida?
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Não
Sim. Investigue a
possibilidade de gravidez. Se
há possibilidade, forneça
condons ou espermicida à
mulher para usar até ter
certeza de que não está
grávida. Aí, então,
ela pode iniciar a minipílula.
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- Momentos
Apropriados para Iniciar o Uso
Importante:
A mulher pode receber os anticoncepcionais
de progestogênio em qualquer momento,
com instruções adequadas sobre
quando começar a tomar, desde que
exista certeza
de que a mulher não está grávida.
- Amamentação
-
Seis semanas após o parto;
-
O aleitamento exclusivo previne a gravidez
com eficácia pelo menos por seis
meses ou até a menstruação
retornar (o que acontecer primeiro).
A minipílula garante uma proteção
adicional, se a mulher assim o desejar;
-
Se a mulher pratica aleitamento misto,
o melhor momento para se introduzir
os anticoncepcionais orais de progestogênio
é seis semanas após o
parto. Além desse período,
a fertilidade poderá retornar;
- Se
a menstruação já
retornou, a mulher pode começar
a tomar a minipílula a qualquer
momento, desde que se tenha certeza
de que a mulher não está
grávida.
- Após
o parto, se não estiver amamentando
-
Imediatamente, ou a qualquer momento
durante as quatro primeiras semanas
após o parto; não é
necessário esperar o retorno
das menstruações;
- Após
quatro semanas, a qualquer momento,
desde que se tenha certeza
de que a mulher não está
grávida. Se não houver
certeza, a mulher deve evitar relações
sexuais ou usar condons ou espermicidas
até a primeira menstruação
para começar a tomar minipílula.
- Após
aborto espontâneo ou provocado
- Durante
a menstruação normal
-
Nos primeiros cinco dias da menstruação,
preferentemente no primeiro dia. Não
há necessidade de outro método
para proteção adicional;
-
Se não começar nos primeiros
cinco dias da menstruação,
a mulher deve ser orientada para evitar
relações sexuais ou usar
condom ou espermicida durante as primeiras
48 horas.
- Quando
interrompeu um outro método
-
Imediatamente. Não há
necessidade de esperar o retorno da
menstruação após
o uso de injetáveis.
- Procedimentos
para Iniciar o Uso do Método
Antes
de iniciar o uso de métodos anticoncepcionais,
a mulher deve ser adequadamente orientada
pelo profissional de saúde. Essa
orientação deve abranger informações
acuradas sobre todos os métodos anticoncepcionais
disponíveis. Uma orientação
adequada permite a tomada de decisão
baseada em informações, traduzindo
a "escolha livre e informada".
Importante:
Para orientação e aconselhamento
em anticoncepção, consulte
Orientação.
Os procedimentos para iniciar o uso do método
durante a lactação, relacionados
abaixo, estão classificados em quatro
categorias. Estes critérios foram
desenvolvidos por um grupo de agências
colaborativas da USAID e são orientados
fundamentalmente para salientar os requisitos
mínimos para a oferta de métodos
anticoncepcionais em regiões com
poucos recursos. O fato de não
serem absolutamente necessários não
significa que não devam ser utilizados
em serviços que contam com recursos
adequados; são procedimentos que
significam boa prática médica.
Deve-se salientar que, em muitas oportunidades,
a falta de recursos para realizar alguns
procedimentos francamente desnecessários
(categoria D) é usada como justificativa
para impedir o uso de alguns métodos
anticoncepcionais.
Categoria A
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essencial
e obrigatório em todas as
circunstâncias para o uso
do método anticoncepcional.
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Categoria B |
médica/epidemiologicamente
racional em algumas circunstâncias
para otimizar o uso seguro do método
anticoncepcional, mas pode não
ser apropriado para todas (os) clientes
em todos os contextos.
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Categoria C |
pode
ser apropriado para uma boa atenção
preventiva, mas não tem relação
com o uso seguro do método
anticoncepcional.
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Categoria D |
não
somente desnecessários, mas
irrelevantes para o uso seguro do
método anticoncepcional.
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Procedimento |
Categoria
|
Exame
pélvico (especular e toque
bimanual) |
C |
Medida
de pressão arterial |
C |
Exame
das Mamas |
C |
Triagem
para DSTs por testes de laboratório
(indivíduos assintomáticos) |
C |
Triagem
para câncer de colo uterino |
C |
Testes
laboratoriais rotineiros (colesterol,
glicose, enzimas hepáticas) |
D |
Pontos
específicos para orientação
sobre AOPs:
-
Eficácia
-
Efeitos colaterais comuns, incluindo
alterações do padrão
menstrual
-
Uso correto do método,
incluindo instruções
sobre pílulas esquecidas
-
Sinais e sintomas para os quais
deve procurar o Serviço
de Saúde
-
Proteção contra
DST
|
A |
- Instruções:
-
A mulher deve tomar uma pílula
todos os dias; se não estiver
amamentando, ela deve ser orientada
para tomar sempre no mesmo horário,
porque o atraso de algumas horas na
ingestão da pílula aumenta
o risco de gravidez. O esquecimento
de duas ou mais pílulas aumenta
bastante o risco.
-
Quando uma cartela termina, no dia
seguinte ela deve tomar a primeira
pílula da próxima cartela
(não deixar dias de descanso);
todas as pílulas da cartela
são ativas.
-
Se a mulher atrasou a ingestão
da pílula mais do que três
horas ou esqueceu alguma pílula
e já não amamenta ou
amamenta mas a menstruação
já retornou, deve usar também
condom ou espermicidas ou evitar relações
sexuais por dois dias. A mulher deve
tomar a pílula esquecida assim
que possível, e continuar tomando
uma pílula por dia, normalmente;
-
Orientar a mulher sobre os problemas
mais comuns (exceto para a mulher
que não está amamentando);
-
Mencionar os efeitos colaterais mais
comuns, explicando que não
são sinais de doenças,
comumente cessam ou desaparecem após
três meses de uso, e que muitas
mulheres não os apresentam.
- Explicar
como ela pode resolver alguns desses
problemas:
-
Efeitos colaterais comuns: continuar
a tomar as pílulas; os sintomas
podem se agravar se suspender o uso,
e o risco de gravidez aumenta. No
caso de spotting ou sangramento irregular,
ela deve procurar tomar a pílula
todos os dias no mesmo horário.
-
Vômitos dentro de uma hora após
tomar a pílula: tomar outra
pílula de outra cartela.
-
Diarréia grave ou vômitos
durante mais de 24 horas: continuar
a tomar a pílula se for possível,
e deve usar condom ou espermicidas
ou evitar relações sexuais
até que tenha tomado uma pílula
por dia, durante sete dias seguidos,
depois que a diarréia e os
vômitos cessarem.
- Explique
que manchas, sangramento no intervalo
entre as menstruações
e amenorréia podem ocorrer; são
situações comuns e não
representam risco
-
Descrever os sintomas que requerem
atenção médica:
SINAIS
DE ALERTA
A
mulher deve ser orientada para
procurar imediatamente o Serviço
de Saúde caso apresente
algum desses sintomas, que podem
ou não ser causados pela
pílula:
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- Acompanhamento
A
mulher deve ser orientada para retornar quando
quiser; o retorno não precisa ser necessariamente
agendado. Em cada retorno:
-
Perguntar à mulher se tem dúvidas
ou se deseja discutir algum assunto;
-
Perguntar sobre sua experiência
com o método, se está satisfeita
ou se tem problemas.
-
Perguntar se tem tido problemas de saúde
desde o último retorno;
Se ela apresentou desde o último retorno:
hipertensão arterial, cardiopatia coronariana,
AVC, câncer de mama, doença hepática
ativa, cefaléia intensa com visão
turva, ou se está tomando anticonvulsivantes,
rifampicina ou griseofulvina: critérios
médicos de elegibilidade.
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